quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Trilho do Santuário da Nossa Senhora da Peneda Gerês 

 Já à bastante tempo que pretendia fazer este trilho. À uns meses atrás na companhia de muitos caminheiros lá fui fazer este trilho, embora já conhecesse parte deste trilho, fiquei tentado a percorrer este trilho de forma circular. Mas não saiu da melhor forma e ficou por fazer.
Depois de procurar no google verifiquei que tinhamos errado o início do trilho.
Assim tentei agendar por várias vezes esta ida mas nunca consegui, ou o tempo estava mau ou os companheiros não tinham disponibilidade.
Assim decidi convidar o meu amigo Sérgio Baptista, que embora nunca me tenha acompanhado nestas andanças, e depois de eu lhe dizer que havia a possibilidade de  nos perder-mos ele disse logo bora lá.
Tinha planeado a saída de Valongo às sete da manhã do dia 24 de Fevereiro de 2013.
Dois dias antes fiquei com uma daquelas gripes que nem de pé conseguimos ficar,  acordei com uma dor de cabeça daquelas e tinha ficado sem voz.
Conseguimos sair de Valongo por volta das oito e quinze, um atraso considerável
Durante a viagem voltamos a atrasar devido a alguns desvios por obras na estrada, onze e trinta e chegamos ao santuário da Nossa Senhora da Peneda.
Dirigimos-nos ao café, e reparamos que estavam uns seis caminheiros prontos para caminhar, imaginei que fossem fazer o percurso com inicio nas traseiras do santuário.
Pedi duas meias de leite e uma torrada mas não faziam torradas, perguntei e pão tem? diz o homem só de ontem, pode ser um bolicau.
Bom começamos a marcha eu o Sérgio e o Balu, o balu é um dos três podengos Portugueses que o Sérgio tem.
Eram doze horas e trinta minutos e ainda não tínhamos dado com o início do percurso. Parou um carro com dois homens de sotaque Espanhol a perguntar se sabíamos de uma lagoa com um penedo disse que deixassem a viatura junto ao santuário e por traz do santuário tinha o inicio do percurso.
Por fim descobrimos uma passagem que parecia o início do trilho, estava vedado com rede para os animais não passarem. Avançamos a rede e depois de uns metros eu disse é por aqui, o Sérgio disse como sabes, tem mariolas só pode ser por aqui pelo menos é um trilho. Mariolas?! diz o Sérgio o que é isso, lá tive de explicar o que são mariolas.                                              
Começa a caminhada. 
Como estava com gripe não foi nada fácil com dores de cabeça cheio de roupa e com os pulmões a trabalhar em défice. 
 Vista para o início já a subir.
 Estava mesmo muito frio e tudo o que era água estava gelado conforme se pode ver.
 Gelo e mais gelo.
 A subida era feita sempre com olhares que nos fitavam por entre a vegetação.
Aqui e por muitas vezes durante a subida fomos brindados com queda de neve como se pode ver nas imagens.
 chegada ao ponto mais alto desde o início cerca dos 1000metros

 Aqui se pode ver que as árvores  morrem de pé.


 O balu a pensar se não estive-se tanto frio dava já um mergulho.

 13h30m paragem para almoço e já se via ao longe a aldeia da bouça dos homens.
Quando estávamos no fim do almoço reparamos que vinham na nossa direção em sentido contrario umas seis pessoas, eram as mesmas que tínhamos encontrado junto ao café, ao cumprimentar verificamos serem Espanhóis. 
Embora houvessem mariolas a marcar o trilho de onde vinham os Espanhóis pareceu-me um atalho porque o percurso tinha de ir até a uma estrada alcatroada que se via ainda de longe.
Decidimos ir até  à estrada e fazer o percurso na totalidade.
Descemos até  à estrada e andamos cerca de cem metros na estrada e lá estava a sinalização do trilho.

Depois veio uma subida íngreme até aos 1200metros para quem estava com gripe foi muito difícil, embora reconheça que num estado normal até se faz bem.

    

Já no topo da subida.

 Aqui já se podia ver a lagoa com o penedo no meio.



Depois foi uma descida até à lagoa.
Este bocado de trilho é expetacular.
Por fim chegamos à lagoa ou pântano como lhe chamam por lá.


   
Quando cheguei como podem reparar para quem conhece, o nível de água estava muito baixo dá para ver junto do penedo tem uma marca por onde a água costuma estar.
Estava a pensar que tinha de molhar as botas ao passar no paredão, até fui prevenido com muda de botas, mas para espanto meu agora e devido a obras que estão a decorrer já não se molha as botas.
Fizeram dois corte com cerca de 50cm paralelos que nunca deixam a barragem transbordar, e também colocaram ferros e rede nova.


Depois foi só descer até ao carro.
Tinha previsto acabar o percurso às 16h30m mas chegamos por volta das 16 horas.
Foi só comer mais qualquer coisa e pneus na estrada de volta a Valongo.
Foi um dia bem passado, espero em breve voltar lá.
As fotos foram tiradas por Sérgio Baptista.